quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Ângulo (branco e preto)

"L'eclisse" (1962) de Michelangelo Antonioni

"New York Portrait Part III" (1990) de Peter B. Hutton

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Imigrante

"The Immigrant" (1917) de Charles Chaplin

"The Immigrant" (2013) de James Gray

["The Immigrant" é a obra-prima dourada de James Gray, filme de uma subtileza, de uma delicadeza, de uma finura, de uma solenidade que só é reconhecível no grande cinema clássico norte-americano… começando precisamente no clássico homónimo e homólogo de Charles Chaplin e culminando em John Ford - e este é o filme mais católico de Gray -, filiação reflectida por Luís Miguel Oliveira aqui e que o próprio James Gray secundou após a sessão no Estoril & Lisbon Film Festival. Charlot é, na primeira parte, o cavalheiro que se mostra sensível à pobreza da donzela em apuros, que nos dois filmes é acompanhada por um familiar enfermo (irmã, no filme de Gray, e mãe, no filme de Chaplin). O interessante é que Charlot se revela menos inocente no fim, quando bruscamente atira Edna, a amada, para a casa do notário civil, parecendo precipitá-la pouco cavalheirescamente para o matrimónio. É um final abrupto, algo atordoante para o espectador contemporâneo. No filme de Gray temos o mesmo dar de mãos salvífico, no mesmo barco com imigrantes (o descendente de imigrantes Gray filma a Estátua da Liberdade, mais tarde "alegorizada" na figura de Ewa, com o desencanto do imigrante Chaplin). Também em sintonia está o subsequente empurrão para uma vida "sem saídas", uma liberdade escrava ou uma escravatura livre (walshiana?). A liberdade - a feminina liberdade, com tocha ou sem tocha - torna-se nestes dois clássicos numa questão de posse e de possessão. "The Immigrant", passado em 1921, e "The Immigrant", passado no ano da sua rodagem, ou seja, 4 anos antes, atracam assim no mesmo porto - "clássico = moderno", como diz Godard e actualiza Luís Miguel Oliveira no texto linkado acima.]

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Newsletter #24: Arnold


Jack Arnold, o homem da ficção científica e do western série B. Ou então: Jack Arnold, o poeta das metamorfoses do corpo e do coração. Ou então: Jack Arnold, documentarista político marginal (e pelos marginalizados) que fantasia com uma sociedade mais humanizada, definitivamente liberta de uma crença desmesurada na ciência (sintoma da era pós-nuclear?). Nos seus títulos mais célebres (como "It Came From Outer Space" ou "The Incredible Shrinking Man"), Arnold pega em intrigas fantásticas para as enquadrar sob o ângulo dos mais terrenos problemas humanos e societais. Nos anos 40 e sobretudo nos "decadentes" (decadência esplendorosa, como é claro) anos 50, realiza alguns dos filmes mais notáveis a saírem da fábrica Hollywood. É ele o herói do mês de Novembro, numa edição da Newsletter do CINEdrio especial de Natal, com destaques a dobrar.

No mercado home cinema, anunciaremos os lançamentos de uma caixa dedicada a Pere Portabella, "Museum Hours" de Jem Cohen (um dos melhores filmes de 2013), a série "Dekalog" de Kieslowski, uma caixa com filmes de Adolpho Arrietta, "Lore" de Cate Shortland, "El Dorado" de Howard Hawks em Blu-ray, a descoberta de caixas do cineasta finlandês Teuvo Tulio, grandes clássicos de Vidor e Stroheim finalmente em edições decentes no mercado, uma espantosa integral Eric Rohmer, a nova vida do filme omnibus "Body Bags" e muito mais.

Na parte dos livros, destacaremos o recente "Hollywood: Estórias de glamour e miséria no império do cinema" de Edgar Pêra, "Film After Film" de Jim Hoberman e "Da Civilização da Palavra à Civilização da Imagem" de Olga Pombo e António Guerreiro. Anunciaremos também lançamentos ou descobertas de livros sobre Ida Lupino, Ozu, os mais recentes trabalhos de Michel Chion e Raymond Bellour, um promissor título de Michael Witt sobre Godard, um conjunto de vídeo-ensaios de Peter Thompson, etc.

Ao nosso inquérito respondem o crítico do Expresso Francisco Ferreira e Carlos Alberto Carrilho do blogue There's Something Out There. Agradecemos a sua disponibilidade.

Deixamos também um agradecimento especial à Leopardo Filmes, com quem inauguramos uma pequena parceria.



domingo, 10 de novembro de 2013

Ligação directa à pala de Walsh (XIV)


Com um ligeiro atraso, venho fazer o levantamento habitual do que escrevi para o À pala de Walsh. Começo pela minha crónica Civic TV, que mereceu no início do passado mês de Outubro um número dedicado ao fenómeno cult em torno de "Sharknado" e que já hoje, acabadinha de publicar, ensaia um diálogo particularmente malcheiroso entre cinema na televisão e actualidade jornalística.

A minha cobertura ao ciclo do DocLisboa "Moving Stills" foi resumida num artigo que pode ser lido aqui. Destaco também a cobertura que os quatro fundadores do site (mas sobretudo o Carlos Natálio) fizeram ao DocLisboa 2013, que pode ser lida aqui. Façam o favor de parar na entrevista que o Francisco Valente e a Mariana Castro fizeram a Alain Cavalier, em registo íntimo, quase secreto, como o cinema deste pedia.

Participei ainda nas habituais rubricas de contra-campo: ActualidadesSopa de Planos e, numa edição dedicada ao clássico maior de Jack Arnold (na imagem acima), Filme Falado.

À margem dos meus textos, queria destacar a verdadeira tese de mestrado sobre a representação ou apresentação da morte no cinema - e não só - que o Ricardo Vieira Lisboa produziu a partir de um filme esquecido e maldito de Blake Edwards, "Trail of the Pink Panther". Texto obrigatório para ser lido aqui.

Também queria destacar o primeiro texto que leio em português sobre o mais recente filme de David Mamet, estreado directamente na televisão americana. João Lameira escreve sobre "Phil Spector" aqui.

Por fim, cumprimento Ricardo Gross, o novo colaborador do À pala de Walsh, que se estreia no site com um bom texto de antevisão ao Lisbon & Estoril Film Festival, de quem somos parceiros mediáticos.  Já no âmbito deste festival, a Helena Ferreira produziu um texto que passa a pente fino praticamente toda a obra de Wong Kar-Wai. Aos fãs do cineasta de Hong Kong, recomendo vivamente que o leiam e partilhem.

Durante Novembro, eu serei o editor. As novas e promissoras entrevistas que prometi para Outubro foram adiadas para este mês. Também  posso prometer a publicação do vídeo da primeira Conversa à Pala, que teve lugar na Babel Cinemateca na passada sexta-feira e que contou com a presença especial do crítico do jornal Público e programador da Cinemateca Portuguesa Luís Miguel Oliveira. Estejam atentos.

Newsletter do CINEdrio nomeada para TCN Blog Award


Pois é, para além das nove nomeações para o À pala de Walsh, os TCN Blog Awards deste ano não esqueceram na categoria de Melhor Iniciativa a publicação mensal do CINEdrio, dedicada a lançamentos dos mercados home cinema e livreiros nacional e internacional. A Newsletter do CINEdrio retomará a sua actividade em Dezembro, com uma edição especial de Natal que contará com destaques a dobrar.

Assim sendo, esta é a altura certa para deixar o seu voto na categoria Melhor Iniciativa no blogue Cinema Notebook - os prémios são atribuídos também por voto popular, por isso, se é um subscritor ou entusiasta deste projecto, não hesite e deixe o seu voto aí, na sondagem da barra lateral.

Ao mesmo tempo, se ainda não se lembrou de subscrever a Newsletter, renovamos o nosso convite já aqui:



sábado, 2 de novembro de 2013

Primeira edição de Conversas À Pala


À pala de Walsh ou à pala de Lang? A primeiríssima mesa redonda organizada pelo À pala de Walsh convoca o cinema do realizador de "M", que está em foco na programação da Cinemateca Portuguesa numa retrospectiva integral que já começou e que se prolongará até Dezembro. A conversa terá lugar, entre as 18h e as 19h, na livraria Babel Cinemateca, primeiro andar do edifício da Cinemateca Portuguesa. O convidado é um languiano inveterado: Luís Miguel Oliveira. Aproveitamos a vinda do director da programação da Cinemateca para falarmos também dos critérios que presidem à escolha dos filmes a exibir na casa-mãe do cinema.

Este será um evento mensal, organizado sempre no mesmo espaço, à mesma hora e no começo de cada mês. Uma rampa de lançamento para discussões em torno dos temas quentes da vida cinéfila nacional. Na primeira edição, estarei eu e o Ricardo Vieira Lisboa a conduzir a conversa.

Convido todos a estarem presentes à pala walsh-languiana. Confirme a sua presença aqui. Leia todas as informações no site da Cinemateca Portuguesa aqui.

Adenda (dia 3 de Novembro): As "Conversas À Pala" são notícia no Diário de Notícias de hoje. A peça é da autoria de Flávio Gonçalves. 

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