terça-feira, 20 de novembro de 2012

A vida é o acto de gerar vida

"Window Water Baby Moving" (1962) de Stan Brakhage

"Kyanq"/"Life" (1993) de Artavazd Peleshian

[Ah, a vida é isto, ah, a vida é aquilo... Não, a vida é o acto de gerar vida. Peleshian disse isso no seu penúltimo filme. Ouçam o bater do coração e ouçam o som do comboio sobre os carris no seu último filme, "End", e vejam a luz ao fundo do túnel. Tudo condiz: dois nascimentos para o/por um (eventual) fim de carreira.]

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Venha ver, venha ver! A grotesca Morte em exibição!

"O Dreamland" (1953) de Lindsay Anderson

"The Funhouse" (1981) de Tobe Hooper

(O filme de Lindsay Anderson, que ajudou a lançar o importante movimento do Free Cinema, expõe a encenação do macabro numa feira popular, o filme de Hooper - com uma mise en scène muito precisa e preciosa - mostra-nos a aberração maior que se esconde nos interstícios de certas e determinadas "funhouses". Se viram o recente, subvalorizado mas menos preciso e precioso, "Toolbox Murders" perceberão que esta história de esventrar o "backstage" - isto é, o íntimo - de uma casa é coisa obsessiva em Hooper, algo que não tem, aliás, piada nenhuma.) 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ligação directa à pala de Walsh (IV)


Olhem como esta imagem calha tão bem neste "dia dos mortos". Foi à volta dela - e das outras que "Nekromantik" nos tem para oferecer, diria, pornograficamente - que o grupo de editores do À pala de Walsh fez a sua conversa mensal, publicada em podcast aqui. Recordo que o número 0 da rubrica Filme Falado teve como objecto de análise não um filme sobre a morte mas um filme cinematograficamente mortal chamado "Morangos com Açucar - O Filme".

Para além deste divertido esforço colectivo, queria destacar a Sopa de Planos que nos levou (de volta) à sala do cinema através, precisamente, dos filmes. Também quisemos antecipar a reflexão em torno desses conceitos instáveis que são "o documentário vis-à-vis o documental", enquanto dissecávamos o nosso Cadáver Esquisito.

A título individual, colaborei para a empresa com um texto sobre o incrível "Come Back, Africa" de Lionel Rogosin, antevi a projecção (na FCSH-UNL) da obra-prima pouco vista de Resnais, "Toute la memóire du monde" e homenageei dois nomes grandes da história do cinema moderno: Harris Savides e Kôji Wakamatsu. Outubro foi, assim, um mês muito marcado pela morte, mas que só revelou de novo a vitalidade deste projecto. Entretanto, estreou-se a escrever à pala de Walsh a Sabrina D. Marques do Czaradox, fazendo o elogio ao (ainda) pouco visto "Traveling Light" de Gina Telaroli; o João Lameira e o Ricardo Lisboa concluíram a muito interessante entrevista ao realizador João Rui Guerra da Mata; e o Carlos fez uma cobertura intensiva ao DocLisboa 2012. Não conseguirei referi-los a todos, mas muitos mais textos foram produzidos - vá, só mais um destaque: as recensões excelentes do João Palhares a dois dos filmes que fizeram parte do ciclo da Cinemateca "Anos 80, Esses Desconhecidos": "Cop" e "Best Seller".

De qualquer modo, têm bom remédio: acompanhem ao vivo e a cores a actividade do À pala de Walsh - nomeadamente, via página do Facebook - e depois venham-me dizer o que gostaram mais e o que gostaram menos.

Em Novembro, volto a ser eu o editor de serviço. Wish me luck.

O "novo" fórum Peeping Tom: cinéfilos de todo o mundo, uni-vos!


Pessoalmente, não conheço comunidade cinéfila que se aproxime daquela que foi sendo criada ao longo de vários anos no fórum Peeping Tom. Este espaço, inaugurado penso que em 2006, propiciou uma partilha regular de pontos de vista, informações, pequenas e despretensiosas trocas de impressões sobre tudo o que tem a ver com o cinema. Foi também lá que os utilizadores depositaram as suas notas a todos os filmes visionados.

Tudo isto desapareceu em meados de Outubro, problema da inteira responsabilidade do servidor Forumer, do qual só obtivemos um pedido de desculpas genérico e um espaço de substituição esvaziado de qualquer conteúdo. Não nos deixámos ir abaixo com esta notícia. Assim sendo, decidimos absorver o choque e relançar este espaço, que agora literalmente se "refunda" (verbo amaldiçoado por estes dias, mas que, neste caso, é de uma precisão total).

Com esta refundação, pretendemos, para além de salvaguardar a excelente comunidade que fomos "cultivando" durante anos, alargar o grupo de participantes. Aos leitores cinéfilos do CINEdrio, deixo o convite: registem-se no "novo" Peeping Tom e, não se façam de rogados, contribuam com as vossas impressões e descobertas.

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